Por volta do fim do ano de 1981 e início do ano de 1982, a primeira fazenda de camarão foi criada e iniciou suas atividades em Barra do Cunhaú no litoral sul do Rio Grande do Norte, onde os pioneiros eram de origem suíça, conhecidos como Josef e Verner, a fazenda é conhecida com Camanor. A fazenda iniciou suas atividades com a pesca de larva, o alevino, sendo pescado inicialmente no rio Cunhaú. Pescando os alevinos, geraram empregos para alguns pescadores, pescavam também o siri e a sardinha que ao ser triturado o siri e a molda a sardinha, servia para alimentar os camarões. Até então, não houve agressão por parte da fazenda de camarão ao meio ambiente pelo fato de ainda trabalharem manualmente e em pequenas quantidades.
Foi então que Verner decidiu comprar a fazenda do sócio, que não estava dando lucro devido aos serviços precários, para aumentar os seus negócios Verner então decidiu se associar a ana Carolina, uma bióloga, aonde deram início a um laboratório de aqüicultura onde há uma reprodução de um tipo de camarão chamado pneu vanamé. Camarão de origem do Pacífico com uma mistura genética. A empresa conseguiu chegar a um grande sucesso de reprodução, conseguiram criar um camarão com um padrão de qualidade muito alta.
Em meados de 1994/95, deu início a um grande aumento nos investimentos em empresas de camarão, pois o mesmo estava produzindo muito lucro para a região e para quem investia. Com isso, foi aumentando a quantidade de fazendas na região, o que ocasionou uma grande ameaça para o ecossistema dos manguezais. Pois além de produtos químicos colocados nas águas, devastavam as árvores como o mangue, para se fazer viveiros para os camarões. Chegando a devastar, somente em Canguaretama, aproximadamente dois mil hectares de florestas. Com esse desastre, toda a população começou a se preocupar com o que estava acontecendo, pois estava afetando os cidadãos que dependiam do mangue para sobreviver e um desses cidadãos chamado José do Egito, ao ver essa situação, começou a construir uma estrutura para fazer passeios de barco, para mostrar aos turistas apenas o que restava do mangue, pois restavam aproximadamente quatro mil hectares apenas.
Ele começou a desenvolver um trabalho ambiental com os turistas falando sobre a importância do mesmo e como preservá-lo. A empresa batizada de Natureza Tur, por volta de 1998, começou um trabalho de replante de algumas espécies de mangue que haviam sido devastadas. Dez anos depois da existência da empresa com este trabalo, Barra do Cunhaú está sendo considerada uma das maiores reservas de mangues do Nordeste, com aproximadamente seis mil e oitocentos hectares em 2008, e a empresa continua fazendo estre trabalho até os dias atuais em função de preservar o meio ambiente.
Esse é o orgulho da Natureza Tur e perdurará fazendo este trabalho por mais alguns anos, pois o mesmo contribui e contribuirá para a melhorias do ecossistema. Hoje se encontra tipos de faunas no estuário do rio Cunhaú como o Peixe-Boi, Botos, Tartarugas; uma variedade de aves como a garça azul, a garça real, a garça parda e a garça comum; Tamatião, três espécies de socó, cinco espécies de Maçarico, três espécies de Papagaio, duas espécies de Macaco, Jacaré do papo amarelo, bicho preguiça, duas espécies de guaxinins, duas espécies de tamanduá e várias espécies de cobra com a sucuri. Estes animais haviam sido atingidos por estes impactos causados no mangue, e hoje vivem em harmonia no ecossistema. Antes da intervanção da Natureza Tur, a existência destas espécies de animais era raríssima.