Na década de 90 a região do litoral sul do Rio Grande do Norte viu a Carcinicultura
(produção de camarão) e a produção de carne de caranguejo transcenderem e chegarem
ao auge econômico. Isso, aliado a um processo de trabalho que utilizava principalmente do
espaço natural do manguezal para a construção de viveiros e prédios, além da pesca
predatória. Dessa forma, o desmatamento do ecossistema foi grandioso, ameaçando a
vegetação e os animais que ali viviam. Essas atividades destruíram inutilmente boa parte
dos manguezais da região, um dos mais importantes criatórios naturais marinhos.
José do Egito de Oliveira (o Zequinha) foi uma figura importante na manifestação
contra as ameaças ao manguezal. Filho de pescador, viu-se então na responsabilidade de
agir para construção de um impacto ambiental positivo em retorno aos danos causados.
Como já organizava pequenos passeios de jangada pelo braço de mar de Barra do Cunhaú
desde adolescente, enxergou um meio de reagir aos ataques ao ecossistema. Organizou-se
junto a comunidade local para um projeto de reflorestamento de boa parte do manguezal
destruído e, em consequência da visibilidade alcançada, seus passeios foram crescendo.
No ano 2000, Zequinha funda a Natureza Tur - Passeios Ecológicos de Barco e
toma como principal objetivo de funcionamento a ecologia, preservação e conscientização
perante o meio ambiente local.